Hoje eu tive medo! Aliás, hoje não! Já faz algum tempo que estou passando por isso।
Sei que o medo é algo natural do ser humano। Ter medo de bichos, como cão, cobra, aranha é comum। São “medos” do dia-a-dia। Porém, há um medo incomum। Há um medo que não deveria existir, mas que a cada dia atinge um número maior de pessoas। É o medo da violência!
A Guerra no Iraque já tirou a vida de milhares de pessoas. Muitos destes eram soldados, ou seja, estavam cientes de que deveriam matar e também sabiam que poderiam morrer. O que nos dói é saber que a maioria dos mortos dessa guerra eram civis. Eram pais e filhos, homens e mulheres, crianças e adultos. Eram pessoas que sonhavam. Pessoas que desejavam construir um futuro e não puderam concretizá-lo porque foram atingidas por uma bala ou foram vítimas de um atentado com bomba. Sonhos destruídos pela violência.
E a guerra nas cidades brasileiras, o que dizer? Seqüestros, assaltos, assassinatos, chacinas... meu Deus, estou com medo!
Eu abro o jornal e lembro do que alguém certa vez falou. Não me lembro a frase na íntegra, mas ela dizia que se torcermos um jornal, irá escorrer sangue. Como gostaria que fosse apenas mais uma frase, infelizmente não é.
Quando ligo a televisão para assistir o Jornal Nacional, parece que só acontece coisa ruim no mundo. Violência, violência e mais violência!
E a internet? Essa sim, nos assusta! Mesmo que você não acesse o assustador.com.br, mesmo que você não procure notícias de violência, elas sempre chegam até você. Tem sempre aqueles amigos que fazem questão de enviar aqueles e-mail´s macabros. Dias atrás, alguém me mandou um e-mail com fotos de um policial que foi assassinado em São Paulo. Quanta atrocidade! Só não sei quem é pior: o bandido que matou o policial ou a pessoa que fica espalhando essas fotos pela internet. Como será a reação de um filho ao ver fotos do pai com buracos por toda parte do corpo? E a esposa então... o esposo sai para trabalhar e nunca mais volta. Aliás, volta sim, mas volta dentro de um caixão.
Esse é o cenário das nossas cidades: violência, violência e mais violência. Agora você entende por que estou com medo? Não é simplesmente medo de morrer (embora todos nós tenhamos um pouquinho de medo da morte sim, mesmo que alguns neguem isso). O meu medo é pensar que a situação pode piorar! O meu medo é olhar para crianças que hoje roubam uma bicicleta e saber que amanhã serão assassinos e seqüestradores. O meu medo é pensar que os meus filhos estarão vulneráveis, pois a polícia parece ter perdido o controle da situação. O meu medo é saber que o Beira-Mar e o Marcola estão isolados geograficamente e ainda sim comandam o crime organizado. Que país é este onde chamamos os bandidos de crime organizado? Quem deveria ser organizado é a polícia. Estou com medo!
Estou com medo de olhar para a soberania de Deus e me conformar com essa situação. Estou com medo de descortinar a manifestação de Deus em favor dos homens e descobrir que ela é relativa. Será que Deus nos ajuda mesmo? Será que ele nos protege no dia-a-dia?
O Salmo 91 fala de uma crise semelhante a minha. É bem provável que o poeta ao escrever esse texto, estava diante de uma possibilidade real de morte. Percebo que o salmista deposita sua “cartada final” em Deus. É nítida a sua desconfiança na proteção humana. Não seriam carros, cavalos ou cavaleiros que o protegeria, mas sua proteção era Deus.
Que confiança admirável! Crer que nenhum tipo de força humana poderia atingir sua vida era a certeza do salmista. Ele acreditava que os seus inimigos já estavam com a derrota decretada. Não havia a menor possibilidade de algo ruim lhe acontecer. Aliás, o salmista não vê a proteção apenas para si próprio. Deus não é uma espécie de segurança particular. Deus é abrigo! Deus é fortaleza!
Pela ótica do salmista, a proteção divina se estende a toda a sua família. Deus não estava presente somente na sua vida isolada. Deus caminhava junto com a família toda. Os anjos de Deus preparavam o caminho por onde eles iam passar. Os anjos de Deus cercavam a sua moradia. A proteção divina assegurava-lhe uma tenda livre de qualquer desgraça.
O salmista confia que Deus atende ao clamor do necessitado. Ele sabia que ao gritar por socorro Deus viria salvá-lo. Ele cria numa salvação de um mundo violento e opressor.
Pensar como o salmista é entender que a violência jamais irá nos atingir. Pensar como o salmista é ver um horizonte promissor. Ainda que a situação se torne caótica, a violência não pode nos atingir. Não estou me referindo à violência física. Estou falando da violência que atinge o interior do ser humano. Podemos até ficar à mercê de um seqüestro ou assalto, mas se Deus estiver conosco jamais seremos atingidos pelo pensamento violento da sociedade. A consciência que nos torna individualistas, mesquinhos, medíocres, jamais alcançará a tenda daquele que se compromete com Deus.
Continuo com medo, mas já não é o medo de ser vítima da violência. O meu medo é ter medo de assumir uma postura que ajude a modificar o pensamento da sociedade. O meu medo é ser mais um entre uma multidão sem esperança. O meu medo é não ter coragem de erguer a voz contra uma sociedade opressora e que cria os seus próprios algozes.
Meu Deus, livra-me do medo!
Sei que o medo é algo natural do ser humano। Ter medo de bichos, como cão, cobra, aranha é comum। São “medos” do dia-a-dia। Porém, há um medo incomum। Há um medo que não deveria existir, mas que a cada dia atinge um número maior de pessoas। É o medo da violência!
A Guerra no Iraque já tirou a vida de milhares de pessoas. Muitos destes eram soldados, ou seja, estavam cientes de que deveriam matar e também sabiam que poderiam morrer. O que nos dói é saber que a maioria dos mortos dessa guerra eram civis. Eram pais e filhos, homens e mulheres, crianças e adultos. Eram pessoas que sonhavam. Pessoas que desejavam construir um futuro e não puderam concretizá-lo porque foram atingidas por uma bala ou foram vítimas de um atentado com bomba. Sonhos destruídos pela violência.
E a guerra nas cidades brasileiras, o que dizer? Seqüestros, assaltos, assassinatos, chacinas... meu Deus, estou com medo!
Eu abro o jornal e lembro do que alguém certa vez falou. Não me lembro a frase na íntegra, mas ela dizia que se torcermos um jornal, irá escorrer sangue. Como gostaria que fosse apenas mais uma frase, infelizmente não é.
Quando ligo a televisão para assistir o Jornal Nacional, parece que só acontece coisa ruim no mundo. Violência, violência e mais violência!
E a internet? Essa sim, nos assusta! Mesmo que você não acesse o assustador.com.br, mesmo que você não procure notícias de violência, elas sempre chegam até você. Tem sempre aqueles amigos que fazem questão de enviar aqueles e-mail´s macabros. Dias atrás, alguém me mandou um e-mail com fotos de um policial que foi assassinado em São Paulo. Quanta atrocidade! Só não sei quem é pior: o bandido que matou o policial ou a pessoa que fica espalhando essas fotos pela internet. Como será a reação de um filho ao ver fotos do pai com buracos por toda parte do corpo? E a esposa então... o esposo sai para trabalhar e nunca mais volta. Aliás, volta sim, mas volta dentro de um caixão.
Esse é o cenário das nossas cidades: violência, violência e mais violência. Agora você entende por que estou com medo? Não é simplesmente medo de morrer (embora todos nós tenhamos um pouquinho de medo da morte sim, mesmo que alguns neguem isso). O meu medo é pensar que a situação pode piorar! O meu medo é olhar para crianças que hoje roubam uma bicicleta e saber que amanhã serão assassinos e seqüestradores. O meu medo é pensar que os meus filhos estarão vulneráveis, pois a polícia parece ter perdido o controle da situação. O meu medo é saber que o Beira-Mar e o Marcola estão isolados geograficamente e ainda sim comandam o crime organizado. Que país é este onde chamamos os bandidos de crime organizado? Quem deveria ser organizado é a polícia. Estou com medo!
Estou com medo de olhar para a soberania de Deus e me conformar com essa situação. Estou com medo de descortinar a manifestação de Deus em favor dos homens e descobrir que ela é relativa. Será que Deus nos ajuda mesmo? Será que ele nos protege no dia-a-dia?
O Salmo 91 fala de uma crise semelhante a minha. É bem provável que o poeta ao escrever esse texto, estava diante de uma possibilidade real de morte. Percebo que o salmista deposita sua “cartada final” em Deus. É nítida a sua desconfiança na proteção humana. Não seriam carros, cavalos ou cavaleiros que o protegeria, mas sua proteção era Deus.
Que confiança admirável! Crer que nenhum tipo de força humana poderia atingir sua vida era a certeza do salmista. Ele acreditava que os seus inimigos já estavam com a derrota decretada. Não havia a menor possibilidade de algo ruim lhe acontecer. Aliás, o salmista não vê a proteção apenas para si próprio. Deus não é uma espécie de segurança particular. Deus é abrigo! Deus é fortaleza!
Pela ótica do salmista, a proteção divina se estende a toda a sua família. Deus não estava presente somente na sua vida isolada. Deus caminhava junto com a família toda. Os anjos de Deus preparavam o caminho por onde eles iam passar. Os anjos de Deus cercavam a sua moradia. A proteção divina assegurava-lhe uma tenda livre de qualquer desgraça.
O salmista confia que Deus atende ao clamor do necessitado. Ele sabia que ao gritar por socorro Deus viria salvá-lo. Ele cria numa salvação de um mundo violento e opressor.
Pensar como o salmista é entender que a violência jamais irá nos atingir. Pensar como o salmista é ver um horizonte promissor. Ainda que a situação se torne caótica, a violência não pode nos atingir. Não estou me referindo à violência física. Estou falando da violência que atinge o interior do ser humano. Podemos até ficar à mercê de um seqüestro ou assalto, mas se Deus estiver conosco jamais seremos atingidos pelo pensamento violento da sociedade. A consciência que nos torna individualistas, mesquinhos, medíocres, jamais alcançará a tenda daquele que se compromete com Deus.
Continuo com medo, mas já não é o medo de ser vítima da violência. O meu medo é ter medo de assumir uma postura que ajude a modificar o pensamento da sociedade. O meu medo é ser mais um entre uma multidão sem esperança. O meu medo é não ter coragem de erguer a voz contra uma sociedade opressora e que cria os seus próprios algozes.
Meu Deus, livra-me do medo!
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